O 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, é data evocativa da luta das mulheres pela igualdade de direitos. Uma igualdade que em pleno século XXI está longe de ser conseguida, aqui e no mundo.
Será de questionar o que motiva a desigualdade entre mulheres e homens, a manutenção das discriminações de género contra as mulheres e quais os ganhos em manter mais de metade da humanidade em situações de exclusão, subordinação e dominação.
Raízes patriarcais e sexistas, profundas, edificaram um sistema social, económico, sexual, cultural e político que reproduz discriminações e violências contra as mulheres, secularmente mantidas e geracionalmente continuadas.Todos os dias e em todo o mundo, as mulheres, ainda que muito diferentes entre si e vivenciando realidades muito diversas, são alvo de desigualdades e lutam, para que a igualdade, mais do que um princípio, seja realidade nos seus quotidianos.
São várias as evidências da desigualdade que atinge particularmente as mulheres, pelo facto de serem mulheres ou que as afeta de forma desproporcional, nomeadamente: violências múltiplas, incluindo a doméstica;remuneração inferior para trabalho de igual valor; ónus desproporcional na conciliação entre a vida pessoal, familiar e laboral; pobreza e exclusão social; sub-representação nas posições de tomada de decisão pública e política e, genericamente nas posições de liderança e poder.
A cada 8 de março, lembramos as lutas históricas das mulheres. Mulheres que individualmente consideradas, organizadas em grupos, movimentos feministas, ou associações, tudo fizeram para que as mulheres das suas gerações e das vindouras, pudessem viver em igualdade.
A cada 8 de março celebramos conquistas.
A cada 8 de março, lembramos as desigualdades persistentes e o muito ainda a fazer em matéria de direitos das mulheres.
A cada 8 de março, dizemos basta e reivindicamos, DIREITOS IGUAIS!