Violência contra as mulheres: o crime que persiste!
Milhares de pessoas marcham pelo fim da violência contra as mulheres todos os anos porque a violência de género ainda permanece na vida de milhares de mulheres, adultas, jovens e crianças.
No ano de 2020 em Portugal, segundo os dados do Observatório das Mulheres Assassinadas, foram assassinadas 35 mulheres, 19 por motivos de género ou violência de género e 16 noutros contextos. Verificaram-se, ainda, mais 50 tentativas de feminicídio.
As denúncias, a luta das associações, as campanhas de sensibilização e educação e as medidas governamentais continuam a não ser suficientes para terminar com esta outra pandemia que se alastra há anos: a violência contra as mulheres que apenas aumentou com a permanência no mesmo espaço com as pessoas agressoras.
É inadmissível que a violência contra as mulheres se tenha naturalizado na sociedade em que vivemos. Mas é infelizmente possível, porque as raízes patriarcais alimentam a indiferença, validam o machismo e normalizam a violência.
A experiência individual e coletiva de violência patriarcal é uma constante na vida de milhares, milhões de mulheres, raparigas e crianças, pessoas de diferentes idades, territórios de origem, nacionalidades, pertenças étnico-raciais, classes sociais, orientações sexuais, identidades de género e capacidades. Porque sim, a violência afeta, corrói e tenta destruir a liberdade, as oportunidades e os sentidos de igualdade e dignidade das mulheres negras e de vários grupos étnicos oprimidos, das mulheres migrantes, das mulheres pobres, das mulheres lésbicas e bissexuais, das mulheres trans, das mulheres intersexo, dos homens trans e das pessoas não binárias. Mas nós não baixaremos a guarda.
Hoje, e sempre, levantamos a nossa voz por todas as mulheres: as que não têm voz, as que se encontram sós, as que morreram também nas mãos do silêncio e da falta de respostas públicas adequadas.
Neste dia, reforçamos a sororidade e solidariedade com todas as mulheres que são sobreviventes de violência de género. Estamos em luta e não desistiremos até que nem mais uma mulher seja vítima de quaisquer formas de violência. Sabemos que libertar e empoderar mulheres liberta todas as pessoas das amarras desta violência.
Dia 25 de novembro ocupamos a rua e marchamos do Largo do Intendente para o Rossio, em Lisboa, para repudiar a violência de género, o patriarcado, o classismo, o racismo, a xenofobia, a homofobia, lesbofobia, misoginia, bifobia, a transfobia e interfobia, o capacitismo, o idadismo e todos os tipos de discriminação e violência!
Marchamos para exigir justiça em casos de feminicídio, violação, assédio e discriminação de género! Saímos à rua para exigir que o espaço público seja nosso sem medo e receio. Ocupamos espaço para mostrar a nossa voz, a nossa força e continuarmos a reivindicar uma vida plena para todas as mulheres.
Junta a tua à nossa voz e marcha connosco!
Mulheres unidas pelo fim das violências!
Os coletivos e associações:
A Coletiva, ANIMAR, APDMGP, Casa do Brasil, Clube Safo, FEM, Feministas.pt, Igualdade.pt, ILGA Portugal, INMUNE, Plataforma GENI, Por Todas Nós, TransMissão, UMAR
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