Com o objetivo de sensibilizar para a necessidade de travar e prevenir uma das formas mais atrozes de violência cometidas contra as mulheres e raparigas, a violência sexual, nomeadamente, a violação, mas também a coação sexual ou o assédio sexual.
FACTOS - PORTUGAL
Mais de uma mulher é violada a cada dia.
Em 2021 registaram-se 397 participações pelo crime de violação, uma subida de 26% relativamente ao ano anterior.
A violação é o sétimo crime com mais participações na criminalidade violenta e grave.
A maioria das violações ocorre em contextos de intimidade, no seio familiar e por indivíduos conhecidos das vítimas (59%).
Os arguidos dos crimes de violação são quase todos homens (98,1%) e as vítimas são principalmente as mulheres (94,3%).
Ocorrendo em todo o ciclo de vida das mulheres, a violação ocorre com particular incidência contra mulheres, entre os 21 e os 31 anos de idade.
Não obstante a maioria das violações serem praticadas por pessoas conhecidas da vítima, os dados revelam um aumento do número de violações praticadas por indivíduos mais novos e sem qualquer relação com a vítima.
Não existem registos quanto aos crimes de importunação sexual (assédio) e coação sexual.
(RASI, 2021)
Os dados conhecidos são parte ínfima de uma realidade ainda invisível e em alguns contextos de ocorrência, naturalizada. A violência sexual contra as mulheres nas relações sociais, laborais e relações de intimidade impactam para o resto das suas vidas.
O desconhecimento, o silenciamento social, a fragilidade no apoio às sobreviventes, a tímida intervenção do Estado no seu combate, são fatores que contribuem para a diminuta apresentação de queixa por parte das mulheres e, consequentemente, para a impunidade dos agressores e para a manutenção da violência sexual contra as mulheres.
FEM e Bon Iver
A FEM como parceiro/a de @boniver na campanha #2ABillion, no espetáculo de 11 de novembro, na @AlticeArena.
#InvestDontRest Campanha Fim da Mutilação Genital Feminina - 6 de Fevereiro de 2022
Sociedade Civil da Lusofonia apoia o Programa Conjunto UNFPA/UNICEF #InvestDontRest, com Campanha que assinala o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
JUNTE-SE A NÓS no dia 6 de fevereiro de 2022 e comprometa-se a Acelerar o Investimento para acabar com a Mutilação Genital Feminina
Na última década, esforços em todo o mundo aceleraram o progresso rumo à eliminação da Mutilação Genital Feminina. No entanto, sustentar essas realizações frente a crises humanitárias como a pandemia de coronavírus, o crescimento populacional e a privação económica apresenta um desafio considerável.
Se os esforços globais não aumentarem significativamente, o número de meninas com risco de serem submetidas à MGF será maior em 2030 do que atualmente.A aceleração e o aumento de investimentos em mulheres e meninas é ESSENCIAL para eliminar a MGF.
JUNTE-SE A NÓS #InvestDontRest
Recolhemos frases de jovens de alguns países com quem temos contactos e juntamos algumas do trabalho que fazemos com a Guiné-Bissau e ainda apelos do Programa conjunto UNFPA/UNICEF
Iniciativa:
- #TodasMerecemos - Projeto solidário e ativista
- ACRIDES: Associação Crianças Desfavorecidas, (Cabo Verde)
- AJPAS – Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e de Saúde
- AMAR: Quem ama, protege (Guiné-Bissau)
- AMCDP – Associação das Mulheres Caboverdianas na Diáspora em Portugal
- CCC – Associação Corações com Coroa
- FEM – Associação Feministas em Movimento
- Fundação Cuidar o Futuro
- HumanitAVE – Associação de Emergência Humanitária
- MIKAT – Movimento Mindjer Ika Tambur (Guiné-Bissau)
- P&D Factor – Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento
- Padema – Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana
- RENAJ – Rede Nacional das Associações Juvenis (Guiné-Bissau)
- ROSC: Forúm da Sociedade Civil para os Direitos da Criança (Moçambique)
- Women’s Club
6 de Fevereiro de 2020 – Dia Internacional de Tolerância Zero à MGF: “Investir em adolescentes, meninas e rapazes, através da formação e informação, de modo a assegurar a realização do objetivo de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina até 2030"
Este ano, com o lema: “Investir em adolescentes, meninas e rapazes, através da formação e informação, de modo a assegurar a realização do objetivo de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina até 2030” são muitas as pessoas, as organizações e as comunidades que se juntam e dizem não a todas as formas de Mutilação Genital Feminina (MGF), que atingem negativamente milhões de meninas e mulheres em todo o mundo, bem como as suas famílias e países.
Mais de 200 milhões de Meninas e Mulheres vivem hoje com uma forma de Mutilação Genital Feminina. Em 2019, de acordo com os dados disponíveis, 4.1 milhões de meninas viveram e sofreram os riscos da MGF. Os números continuam a crescer a uma média anual de mais 4,6 milhões. Se não se apostar clara e efetivamente na prevenção, haverá mais de 68 milhões de vítimas até 2030. Mesmo nos países onde a prática é criminalizada, falta investimento em prevenção primária - a prática persiste, magoa, vulnerabiliza e mata.
Em 2020, em presença da maior geração de jovens de sempre, precisamos de reforçar o trabalho de prevenção com adolescentes e jovens e para que a mudança aconteça:
- As meninas, raparigas e mulheres precisam de ter pleno acesso a serviços sociais de educação, formação e saúde que as protejam da MGF.
- As comunidades praticantes além de declararem o abandono da MGF precisam de ser capazes de resistir e manter a ação vigilante que garanta que nem mais uma menina seja sujeita à MGF.
- Os programas de cidadania, igualdade, desenvolvimento e direitos humanos precisam de incluir, de forma explícita, o abandono da MGF e outras Práticas Nefastas.
- As meninas, raparigas e mulheres sujeitas a algum tipo de MGF, precisam de ser porta-voz e donas dos seus próprios destinos como ativistas, rostos e agentes de mudança.
- As meninas, raparigas e mulheres precisam de viver vidas mais saudáveis e felizes, com educação formal, cuidados de saúde, trabalho digno, empoderadas e capazes de tomar as suas próprias decisões.
- A educação sexual compreensiva, os cuidados de saúde sexual e reprodutiva e a participação em igualdade sem discriminação de género, necessitam ser parte integrante de todos os programas dirigidos a jovens em contexto escolar, comunitário ou de campanha.
- Dar visibilidade a mulheres e a homens que apoiam pública e politicamente o empoderamento das jovens e mulheres, à luz dos instrumentos de direitos humanos, igualdade e desenvolvimento.
Por culturas e tradições que não magoam, não ferem e não ofendem os direitos fundamentais, neste 6 de Fevereiro de 2020, a 10 anos da conclusão da Agenda 2030 e para que nem mais uma menina seja vítima de MGF é urgente que rapazes e raparigas nas escolas, nos movimentos sociais, nas diferentes comunidades, nas lideranças e também nos diferentes meios de comunicação reforcem a atenção e as ações sustentáveis que assegurem o abandono de todas as discriminações e Tolerância Zero a todas as formas de Mutilação Genital Feminina.
Não é um problema meu, teu ou de outrém. É um problema coletivo de atentado aos direitos, à saúde, à participação, à educação, à igualdade das Meninas e Mulheres.
Faz ouvir a tua voz, publica o teu apoio, dá rosto e faz a mudança !!!!
Para aceder ao manifesto, clique pdf aqui.
O trabalho com jovens que juntas e apoiando-se fará a mudança.